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E Propõe uma discussão em torno da Educação, especialmente a Educação Indígena, mais precisamente a modalidade de Ensino à Distância.

Aqui o objetivo é levar até você professor indígena ou àqueles que buscam conhecer mais sobre o assunto, textos, artigos, vídeos, documentários que tornem esta discussão mais interessante e proveitosa.



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domingo, 4 de abril de 2010

Projeto de uma disciplina voltada para formação de professores Indígenas

Esse é um projeto de uma disciplina voltado para um curso para especialização de professores indígenas, como meio de preparar o professor das comunidades indígenas com o objetivo de levar o ensino voltado para a Interculturalidade: “Etnomatemática e a Interdisciplinaridade”. É uma disciplina que tem como proposta orientar o professor indígena a observar o conhecimento já existente em seus alunos e usá-lo em prol do desenvolvimento deste, junto ao currículo estabelecido pelo MEC.


Através das seguintes unidades: A etnociência como forma de auxiliar o professor na aplicabilidade de disciplinas dentro de comunidades indígenas; O uso da Etnomatemática nas práticas do cotidiano dentro da comunidade indígena; A lingüística em apoio à interdisciplinaridade em comunidades indígenas.

Objetivos: Preparar o professor das comunidades indígenas para o ensino voltado à Interculturalidade, com o objetivo de edificar um olhar sobre uma nova forma de aplicabilidade de conhecimentos como a matemática nas práticas do dia a dia indígena. Uma busca pela aplicação da matemática ressalvando seu caráter transdisciplinar, assim como a valorização e sustentação de tradições culturais. Essa disciplina pretende preparar professores indígenas na busca de subsídios para que esses possam adaptar regras teóricas, não indígenas, para a realidade cultural social de uma comunidade indígena.

Objetivo específico: preparar o professor de comunidades Indígenas para que esse possa capacitar alunos, dando a esses, condições para que possam usar na prática, dentro de sua comunidade, lições apreendidas em sala de aula.

Unidade I- A Etnociência como forma de auxiliar o professor na aplicabilidade de disciplinas dentro de comunidades indígenas.

Veremos conceitos da etnociência e como poderemos introduzir teorias antropológicas em auxílio ao professor indígena. Poderemos introduzir nas escolas indígenas matérias como o multiculturalismo, construtivismo, feminismo, ambientalismo, existentes nas diversas disciplinas do ensino médio, dentro dos vários aspectos culturais do ambiente social do aluno indígena, através da elaboração de um currículo.

Unidade II - O uso da Etnomatemática nas práticas do cotidiano dentro da comunidade indígena.

Veremos uma introdução a Etnomatemática -O uso da matemática nas práticas do cotidiano nas comunidades indígenas. Muitos matemáticos concordaram que o ponto de partida da atividade matemática está na problematização e não na definição desta. Então como trabalharemos a especificidade da cultura do aluno e do seu ambiente social, sobe o ponto de vista matemático?

Todos nós podemos fazer matemática, construí-la, fabricá-la, produzi-la, e assim o fazemos, o que precisamos é estar atentos na aplicabilidade desta, respeitando a particularidade de cada comunidade, sociedade, sem perdermos o foco das regras e preceitos da ciência.


Unidade III-A lingüística em apoio à interdisciplinaridade em comunidades indígenas.

Veremos como a lingüística pode ajudar a nós professores na tarefa de introduzir a interdisciplinaridade junto à comunidade indígena, através de alguns pontos do uso da lingüística em apoio ao entendimento das práticas não indígenas. A importância do entendimento da lingüística, para nós professores que pretendemos trabalhar a interdisciplinaridade em escolas indígenas, é fundamental.

Inclusive para compreendermos que a influência da escrita e da oralidade não indígena, exercida dentro de uma comunidade indígena, poderá trazer conseqüências imutáveis, esse entendimento nos levará a consciência do dever de respeitar o modo como esses vêem o mundo e sua sociedade.

A consequência desta influência pode gerar o preconceito lingüístico, onde se generaliza como se existisse uma única forma de falar. Portanto, não podemos anular a cultura das comunidades indígenas, desrespeitando sua língua, seu modo de ver o mundo, de relacionarem-se com a natureza, com sua ciência e seus saberes.